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Cidades Sem Fronteiras

     O que vivemos hoje em dia no tocante ao termo cidades sem fronteiras é uma verdadeira utopia, ao analisarmos bem como se comporta a sociedade nesse mundo globalizado, vemos que a frase cidades sem fronteiras no seu sentido mais amplo, não é abarcada pelos ditames vivenciados, o que existe verdadeiramente é uma aliança de cidades, aonde com essa aliança, países tornam-se aliados para traçar alguns objetivos em comum.

     Fronteira delimita fisicamente o território, então cidade sem fronteira seria uma tentativa de pregar a liberdade de ir e vir, a capacidade de ser acolhido perante a sociedade, entre as diversas cidades. O que ocorre é que diversos fatores dificultam tal tentativa, esbarrados em barreiras culturais, políticas e socioeconômicas.

  Existem fatores como contrabando de armas, drogas e outras que são elementos dificultadores dessa liberdade ampla das cidades sem fronteiras, pois pelas fronteiras passam muitos elementos que trazem malefícios para a sociedade, e dessa maneira há sempre uma intensificação nas fronteiras de países e cidades alvos desse mercado do contrabando, intensificando a segurança.

     Devido à concorrência no mercado de trabalho, perante um país ou cidade acolhedora de migrantes ou refugiados, ela não é vista com bons olhos pela sociedade que ali reside, já que corre riscos de ficar sem trabalho, dada a concorrência dessas novas pessoas que passam a residir no mesmo país e/ou cidade que a sua.

     Com isso vemos que a verdadeira frase a ser imposta seria capital sem fronteiras, o que é mais concreto, pois o capital encontrando os seus meios para se reproduzir e ampliar não encontra nenhuma barreira, já as cidades sem fronteiras no sentido das pessoas terem essa liberdade é algo improvável.

     Atualmente, vivenciamos várias matérias televisas e noticiários em relação aos refugiados que saem de seus países seja por motivos de falta de oportunidade de trabalho, perseguição política, religiosa entre outros e buscam novos países e cidades e vemos que se submetem a riscos de morte nas diversas maneias e tentativas de entrar clandestinamente, mas vemos que apesar de alguma ajuda, isso é insuficiente e nem a cidade ou país e dotado de infraestrutura para abarcar grandes contingentes e nem os naturais (nasceram no país) “acolhem” no verdadeiro sentido.

   O que se observa é uma seleção dessas pessoas, aonde os qualificados e mais bem instruídos é que tem a possibilidade de serem acolhidos e serem encaixados na frase cidades sem fronteiras, justamente por que esses podem trazer conquistas e avanços para a sociedade aonde foram acolhidos, se encaixando na terminologia mais verídica de capital sem fronteiras. Infelizmente o lado humano de acolher e ajudar a todos não acontece nesse mundo globalizado.

21/09/15     Autores: Sara Gonçalves, Marta Rodrigues e Cicero Bruno 

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